quinta-feira, agosto 24, 2006
Foto: Ewa Brzozowaska

Levo de volta tudo o que trouxe. Saudade e pouco mais. Ou tanto, mas que numa comparação de grandezas se torna microscópico.

Volto a guardar tudo na caixa, fecho à chave, baralho o código e escondo-a debaixo da cama.

Hoje a caixinha está mais cheia, porque guarda também a memória de dois sorrisos. O meu foi desenhado pelo teu, quando, com um brilho no olhar de uma alegria quase infantil, voltaste a voar.

Talvez um dia poises aqui, mais pertinho de mim. Se isso acontecer, será que podes desamarrar-me só uma mão? É que assim nem consigo escrever...

 
By Joana @ 11:57 da tarde |


2 Notas com outras assinaturas:


@ 8/28/2006 11:43 da manhã,assinado por Anonymous Anónimo

'Retorna à origem'

Porque escreves da Morte?
Desconheces a Vida?!?
Serás tu a vítima,
a Menina perdida?!?

Porque não procuras,
no fundo de quem és,
o motivo de quereres
todo o Mundo a teus pés?

Olha agora em frente,
rumo a um outro amanhã;
esquece quem foste, o passado
o ontem, memória vã.

Parte em busca do novo,
do Eu, da Vida,
dos Sonhos, da Alma
outrora perdida!...

 

@ 8/28/2006 5:14 da tarde,assinado por Blogger Joana

Anónimo,

Muito obrigada pelo teu poema. Não sei se sabes quem sou (eu não sei quem és), mas se me conheceres bem sabes que nem tudo o que escrevo corresponde à realidade.
Sabes também, então, que estou longe de querer o Mundo aos meus pés; Procuro apenas conseguir segurar o meu Mundo com as duas mãos, para não o deixar cair nem fugir... e nos últimos tempos nem nisso consigo ser bem sucedida.

De qualquer das formas, acho giro ter um comment em forma de poema (mesmo que, em alguns pontos, esteja um bocadinho distante da realidade). Obrigada! :)