quinta-feira, dezembro 07, 2006

Foto: Andy Brown



É quando cai a noite, sob a luz cúmplice e ténue da Lua, que, em segredo, me vens buscar.

Procuras a minha mão, que seguras sem prender, e puxas-me. Eu deixo-me ir pelo escuro, sem medo, e sem precisar de saber para onde vou ou quando volto.

Andamos lá em cima, onde vemos todos e ninguém nos vê, a saltar de nuvem em nuvem, sem rumo, com a postura de quem caminha porque gosta e porque quer, e não necessariamente para chegar a algum lado.

Ocasionalmente deixo de ver o teu vulto, e assusto-me. Penso em ficar sentada, quieta, algures à espera de alguma coisa ou de alguém. Por vezes penso até em voltar para casa. Mas depois, como que a adivinhar tudo isto e sem me dar tempo para mais pensamentos ou deambulações, o brilho do teu olhar ou do teu sorriso surge bem pertinho, como um farol que anuncia que afinal estive sempre em porto seguro. É assim que vou descobrindo que não preciso de te ver para saber que estás sempre aqui.

O regresso, tantas vezes adiado, chega quase com o Sol. Dás-me um beijo e um abraço de despedida, ainda a sorrir. Eu retribuo.

Até amanhã! Sonhas comigo?

 
By Joana @ 10:18 da manhã |


2 Notas com outras assinaturas:


@ 12/14/2006 8:51 da manhã,assinado por Anonymous Anónimo

É suposto responder à pergunta???
Pois esta é das perguntas mais fáceis de responder que já vi... Não tem mesmo ciência... pelo menos, no que a mim diz respeito... xiiii, o que paki está lançado....

 

@ 12/14/2006 10:20 da manhã,assinado por Blogger Joana

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