segunda-feira, julho 24, 2006


A brisa daquela noite de Verão trouxe de volta a tua memória e a tua voz.

Foi bom saber que sobreviveste ao primeiro mês da tua Cruzada, sem grandes feridas no corpo nem na alma. O teu cavalo negro pareceu-me cansado, mas nem por isso infeliz ou descrente do sucesso desta batalha. Tu continuavas o mesmo, e ainda bem que assim é. Foi dessa pessoa que aprendi a gostar tanto e tão rapidamente, mostrando que nem sempre o povo tem razão.

Foi assim que, guiado pelo teu sonho com vulto de princesa, retomaste o teu caminho e partiste para a tua luta, com a serenidade que te caracteriza. Eu fiquei a pedir às Estrelas e à Lua para te guiarem até ao Sol, mesmo sabendo que, quem lá chega, não volta nunca mais.

Sempre que sinto uma breve aragem, vou até às portas da Vila e procuro-te no Horizonte. Será que volta? Será que sobrevive? Será que ganha? Será que perde?
Sonho todos os dias com o regresso do Príncipe Guerreiro. Com ou sem nevoeiro, com ou sem princesa, com ou sem feridas, com ou sem cavalo negro, com ou sem tudo, com ou sem nada. Cá estaremos.

"Sempre que o vento te ralhe

E a chuva de Maio te molhe

Sempre que o teu barco encalhe

E a vida passe e não te olhe

(...)

Podes vir chorar no meu peito

Pois sabes sempre onde estou"



[Para um Cavaleiro Andante (outrora Errante). Porque há coisas que não se explicam e porque a Amizade é das coisas mais bonitas e verdadeiras que o Homem inventou. Porque há pessoas que, por muitas vezes que partam, nunca deixam de estar aqui]
 
By Joana @ 3:05 da tarde |


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