
Escolhi criteriosamente um saco e coloquei nele tudo o que não quero guardar: medos, frustações, incertezas, lágrimas das que não nos levam a lado nenhum (nem sequer nos fazem crescer), inseguranças, saudade, nódoas negras, arranhões e algumas memórias.
Amarrei o saco ao Sol, e pedi-lhe que levasse tudo com ele. Com um sorriso no rosto, assisti à sua descida triunfal. Naquele dia pintou-se de cores novas, mais bonitas do que nunca, para dar lugar à noite.
Adormeci.
No dia seguinte acordei com a tua mão à procura da minha. Sorri... e depois voltei a adormecer. Sem pesadelos. Sem preocupações. Em paz.