Já tinha tirado os óculos quando esta história começou.
Soltei o cabelo.
Lentamente, desapertei o meu vestido. É assim, devagarinho e com um sorriso maroto no olhar, que me vou despindo de ti. Peça a peça, vou-te tirando do meu corpo, da minha cabeça e do meu coração. Sem pressa. Até ficar sem nada a tapar-me (porque as recordações são invisíveis, transparentes).
Julgando-me nua, olhei-me ao espelho. Afinal havia mais roupa por baixo desta. Continuo vestida... hoje trago até um cachecol da Selecção... logo agora, que está tanto calor e que o Mundial já acabou há quase um mês!