sexta-feira, maio 05, 2006

No outro dia, um grande (ENORME!) amigo meu, tinha a seguinte frase no Messenger: "At night, a candle's brighter than the sun". A frase tocou-me logo, achei extremamente bonita e sábia (claro que a frase não é dele... ihihi!).
Não sei explicar porquê, mas há coisas que nos captam a atenção e depois insistem em ficar na nossa cabeça, como se ela fosse uma esplanada onde tomamos um café e temos uma longa conversa. E a frase lá ficou, a beber o seu cafezinho com adoçante e a conversar imenso comigo. E dessa conversa, surgiram imensas ideias giras, como por exemplo: "Preferes ser sol ou vela?"
Passado algum tempo, cheguei à conclusão que não concordo com a frase que está a tomar café comigo. Porque o Sol é o Sol! Brilha sempre, esteja onde estiver, nós é que nem sempre o conseguimos ver. E ainda por cima, se nos basearmos na unidade temporal que é a nossa vida, o Sol brilha para sempre. E a vela? A vela eventualmente, um dia, já não tem mais pavio por onde arder.
Como se isto não fosse suficiente (para mim já era suficiente! Esta coisa de termos que andar a comprar sucessivas velas para termos luz chateia-me um bocadinho...), estamos no Verão (dias mais longos, noites mais curtas).

Olha, sabes que mais? Acho que mais vale despedirmo-nos do Sol quando ele se põe e irmos dormir, com a certeza que ele volta no dia seguinte. Desde que não nos esqueçamos nunca que a noite está, invariavelmente, presente nas nossas vidas, acho que não há mal nenhum em acreditarmos que o Sol está lá todos os dias e não nos vai deixar mal.

Foi então que a frase acendeu mais um cigarro, e perguntou: "Pelo sim pelo não, posso esperar pelo Sol com uma vela no bolso?"

 
By Joana @ 3:15 da tarde |


2 Notas com outras assinaturas:


@ 5/06/2006 6:36 da tarde,assinado por Anonymous Anónimo

hehehehehe!... Essa frase vem com cada uma... =D

 

@ 5/10/2006 6:15 da tarde,assinado por Blogger A Gata Cristie

Mas o Sol também acabará por morrer (só que daqui a muitos milhões de anos). Esta tua reflexão fez-me lembrar "Desejos vãos" de Florbela Espanca. "...E as pedras, essas, pisa-as toda a gente."